Confissão e Eucaristia
Sobre a Igreja Católica Apostólica Romana
A CONFISSÃO AURICULAR
A confissão auricular tornou-se um dogma e uma prática obrigatória na ICAR a partir do Concílio de Latrão, no ano 1215, durante o pontificado de Inocêncio III. Foi confirmada no Concilio de Trento em 1546.Assim todo o católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano.
Confissão Auricular é definida no Catecismo Católico Romano da seguinte forma: É contar os pecados a um sacerdote autorizado com o propósito de receber perdão. Este sacerdote tem poder para perdoar pecados por causa da sua ordenação. Após a confissão ser ouvida é julgada e o sacerdote tem poder para indicar a penitência (castigo) que produzirá o perdão total dos pecados confessados (e só estes).O catecismo francês diz: “É preciso que a pessoa receba a absolvição dos pecados com humildade, considerando o confessor como o próprio Jesus, cujo lugar ele assume”
O catecismo Nova-Iorquino diz:”O sacramento da penitencia cancela o pecado mortal e o castigo eterno”arrep+obras
A Lei Canónica 888 diz: “O sacerdote durante a confissão dos pecados é um Juiz”
A forma de confissão mais usada é a seguinte:”Confesso ao Deus Todo Poderoso, á santíssima Virgem Maria, ao Bendito Arcanjo Miguel, Aos santos apóstolos Pedro e Paulo, a todos os santos e a si padre, que pequei excessivamente, em pensamentos e actos, por minha culpa, por minha máxima culpa” Segue-se depois a descrição dos pecados. (igualdade Deus=anjos=padre)(po pecados são contra todos eles) (e Cristo?)
Perguntas respondidas pela ICAR:
- Porque me devo confessar ao sacerdote e não a Deus?
- Não se esqueça que foi Deus quem marcou o modo como Ele quer que a ofensa seja reparada; está claramente no evangelho. “Aqueles a quem perdoardes os pecados ,ser-lhes-ão perdoados, aqueles aos quais retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. Jo 20,21-23. Esta citação deixa claro que os apóstolos herdaram de Jesus o poder de perdoar os pecados. Este poder, que vem dos apóstolos, é transmitido aos bispos e padres no dia em que eles recebem o sacramento da ordem. Ele quis assim.
- Como posso ter a certeza que o sacerdote não usa a minha confissão contra mim?
- Quanto ao sigilo da confissão, saiba que nunca houve em toda a história da Igreja algum padre que tenha violado um segredo de confissão. O padre sabe que, mesmo que isto venha a custar-lhe a vida, jamais ele poderá revelar uma confissão.
- Será que o sacerdote está capacitado para ouvir falar de certos pecados repugnantes?
- Quanto ao tamanho do pecado, fique tranquilo, pois o padre está acostumado a ouvir todo o tipo de horrores em matéria de pecados. (quem violar um só ponto da lei é culpado de toda a lei)
TIPOS DE PECADOS
O Catolicismo ensina que existem dois tipos de pecado: mortal e venial.
É pecado mortal todo o pecado que é cometido com plena consciência e deliberadamente. Existem 7 pecados mortais: Orgulho(vaidade,soberba), cobiça(desejo das coisas alheias), lascívia(sensualidade, luxúria), ira,(ódio, raiva) glutonaria, inveja (desgosto pelo bem alheio)e preguiça(molexa,aversão). Entres estes incluem-se: ofensas sexuais, faltar á missa, comer carne na sexta feira santa, etc. É pecado venial quando não se observa a lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral sem pleno conhecimento .
Essa diferença é importante para o católico quando ele entra no confessionário, uma cabine escura com um lugar para se ajoelhar diante de uma janela fechada. Ali ele contempla os seus pecados até que o sacerdote abre a janela e o penitente relata os pecados secretos mais sujos, vis, profundos e tenebrosos da carne e do coração. A pessoa confessa todos os pecados de que se lembrar, especialmente os pecados mortais, visto que, como diz o Catecismo no item 1874, “…o pecado mortal acarreta a morte eterna.”
O QUE A BIBLIA DIZ
1 – A Bíblia não faz distinção entre pecados mortais e veniais, mas claramente diz, em Rom. 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Apesar da ICAR ensinar que os seus sacerdotes, como ministros de Deus e em seu Nome exercem o poder de outorgar o perdão dos pecados confessados a Bíblia explica que a remissão de pecados e a salvação estão dependentes da fé em Cristo, nunca com a absolvição sacerdotal.
Em Actos 3.19 –Pedro prega: “Arrependei-vos…para que sejam apagados os vossos pecados…”
2 – A Igreja Católica Romana interpreta de maneira errada Mateus 16.19: “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” e João 20.23, “Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”
As “chaves do reino” referem-se à autoridade para proclamar a salvação em Cristo. Esse é um privilégio e responsabilidade de todos os cristãos. O contexto bíblico indica claramente que as palavras de Mat 16:19, 18:18 e João 20.23 foram ditas não apenas para os apóstolos, mas também aos que estavam com eles. Os ministros cristãos devem pregar o arrependimento, mas nada se diz sobre ouvir confissões e conceder a absolvição dos pecados.
3 – Mateus 11:28 “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
4 – 1Tim 2:5 “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. “
5 – Hebreus 4:14-16 “ Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão…. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”
6 – Marcos 2.7,relata “… quem pode perdoar pecados, senão Deus?”
7 – Mateus 9.6 “…O Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados”
8 – Lucas 18.9-14 – “Ó Deus tem piedade de mim” O publicano não procurou um sacerdote, mas a Deus para pedir perdão da sua vida de pecado.
9 – I Jo1.9″Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça“
10 – I João 2.1: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”
11 – Salmos 32.5: “Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado.”
12 – Somos instruídos a “Confessai as vossas culpas uns aos outros” Tiago 5.16. Em Mateus 18:15-18, temos o modelo para lidar com o pecado na igreja: “Se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.”
Isso está longe da confissão auricular na Igreja Católica. Quando um homem em Corinto cometeu fornicação, a igreja soube e julgou aquilo que era um “pecado secreto” (1 Cor 5). Vemos mais tarde que o homem voltou em lágrimas ao arrependimento (2 Cor 2.5-11).
NOTAS FINAIS
- Pedro e João, apóstolos de Jesus, escreveram 6 cartas e em nenhuma delas encontramos a expressão “ Eu Te Absolvo” ou “ Os Teus pecados estão perdoados” ou outra frase idêntica . Em vez disso lemos que pregavam o arrependimento para com Deus e a fé em Jesus Cristo. Actos 2.38 – 3.19 – 13.38)
- Os pais da Igreja (Agostinho, Origines, Tertuliano , Jerónimo, Crisóstomo) não mencionam nas suas obras quaisquer referencias á confissão auricular.
- Não encontramos no Novo testamento que alguma vez Jesus ordenasse apóstolos com funções sacerdotais como as que os “padres” dizem ter. Ele dá dons ao seus Filhos, mas o sacerdócio não é um dom
Efésios 4:11 “E a uns pós Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
1 Cor 12:28 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”
Descrição do estado de espírito de alguns penitentes
1-Quando era adolescente o medo de ir a uma cabine escura para me confessar produzia-me um pânico tal que eu não me lembrava de todos os meus pecados.
2-Entre os meus 15 e 18 anos sempre que o sacerdote perguntava se eu pensava em sexo, eu ruborizava só de pensar em lhe revelar as minhas confidencias.
3-Certo jovem de dezassete anos, foi ao sacerdote para confessar que “tinha tocado nos seios de uma menina” e não sabia se era pecado. O sacerdote recusou-se a absolvê-lo. Os dois ficaram a discutir perante os olhos de muitas pessoas.
A EUCARISTIA
A palavra “EUCARISTIA” significa acção de graças e é considerado um sacramento. Também é conhecida por “Comunhão”, “Santo Sacrificio” e “Santa Missa”.
A “MISSA” substituíu o Culto Cristão no ano 394, e tornou-se um sacramento a partir do ano 604 por ordem de Gregório. A forma actual foi proposta pelo monge beneditino Radbertus no sec.IX e reconhecida no Concilio de Latrão em 1245, presidido pelo Papa Inocêncio III.
A CEIA DO SENHOR que ao longo de 12 séculos foi celebrada com o partir do pão e o beber do cálice neste concilio foi modificada com o isolamento das palavras de Cristo “Isto é meu corpo e isto é o meu sangue”, criando-se o dogma da Transubstanciação.
No ano 1414, o papa João XXIII, retirou o vinho da cerimonia e as Igrejas passaram a servir aos fiéis somente a hóstia. O Concilio de Tentro, em 1551, definiu que quando o sacerdote oferece o sacrifício da missa, tem Cristo como vitima presente na hóstia. Assim enquanto na cruz o sacrifício foi cruente , na missa é incruente(sem sofrimento). Ali também foi confirmado o dogma da Transubstanciação!
Houve grande controvérsia quando a transubstanciação foi introduzida na Igreja!
A hóstia teve a sua origem no paganismo, de onde, foi plagiada .É fabricada com trigo, sempre redonda. Conta-se que a deusa Ceres era adorada como a “descobridora do trigo”, era representada com uma espiga de trigo nas mãos que correspondia à deusa Mãe e seu filho. O filho de Ceres que se encarnara no trigo era o deus Sol. Compare com a doutrina católica que transformara Jesus num pedaço de pão de trigo no formato arredondado do sol cujo ostensório também tem um desenho com raios solares
Para a ICAR a Eucaristia é constituída por duas partes: A MISSA (participação do sacerdote no pão e no vinho A SAGRADA COMUNHÃO. (participação do povo na hóstia, somente)
O ENTENDIMENTO BIBLICO DA ICAR
1 – A Eucaristia é um sacrifício:
O catecismo newiorquino refere:”Jesus Cristo deu-mos o sacrifício da Missa para que a sua igreja tenha um sacrifício visível que prolongue o seu sacrifício na cruz até ao fim dos séculos”
O credo do Papa Pio IV diz:”Eu professo que na Missa oferece-se a Deus um sacrifício verdadeiro que satisfaz a justiça de Deus e compensa a penalidade do pecado, pelos vivos e pelos mortos. No sacramento da Eucaristia há uma conversão da substância do pão em corpo real de Cristo e uma conversão da substância do vinho em sangue verdadeiro de Cristo.
2 – A Eucaristia é um sacramento
Todos quantos participam na Eucaristia recebem a Graça de Deus consubstanciada na vida eterna.
3 – A Transubstanciação:
“Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lhe, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu corpo’. Em seguida, tomou o cálice em suas mãos, deu graças e o apresentou, e todos dele beberam. E disse-lhes: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos. Em verdade eu vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus'” (Mc 14, 22-25).
Ele não disse que o Pão simbolizava a sua carne, mas é verdadeiramente a sua carne. Não disse também que o vinho representava o seu sangue, mas é verdadeiramente o seu sangue. Jesus disse também: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6. 35). Quem recebe Cristo, com a convicção que realmente Jesus está presente na Hóstia Consagrada, tem a bênção de estar sempre saciado de graças vindas Dele.
“Pois a minha carne verdadeiramente é comida e o meu sangue verdadeiramente é bebida” (Jo 6.55). Eis a clareza e a ênfase das palavras de Cristo. Ele não diz:”a minha carne e o meu sangue são simbolicamente uma comida e bebida”Quando comungamos, transformamo-nos em Sacrários, por isso é importante deixar bem limpo o lugar em que Jesus vai habitar. É pela Confissão que limpamos o nosso ser, recebendo a absolvição de nossos pecados. Concluímos que a Eucaristia, é o alimento da alma. Através dele passamos a caminhar com mais força rumo à Salvação. Na Eucaristia, portanto, está presente o próprio Cristo: corpo, sangue, alma e divindade. ” Se não comerdes a carne do filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”(Jo 6.53). Eis a advertência séria de Jesus: A vida eterna está condicionada no comer e beber esta presença de Jesus Cristo Eucarístico.
REFUTAÇÃO AO ENSINO EUCARISTICO
- A MISSA é uma encenação e um ritual, mais que um Culto cristão. A Palavra de Deus em lado algum referencia a Missa e dá instruções acerca dela.. Cristo enviou os apóstolos a ensinar e baptizar, não a fazer sacrifícios ou missas. Mt.28.19 Veja-se como Marinho Cochem descreve a cerimónia na “Explicação da Missa”: O sacerdote durante uma só missa benze-se 16 vezes, volta-se para o povo outras 16 vezes; beija o altar 8 vezes, levanta os olhos 11 vezes, cruza as mãos 4 vezes, 10 vezes bate no peito e ajoelha-se 10 vezes! Faz 21 inclinações com a cabeça e 7 com os ombros, inclina-se 8 vezes e beija a oferta 36 vezes; põe as mãos sobre o peito 11 vezes e 8 vezes olha para o céu. Faz 11 orações em voz baixa e 13 em voz alta, descobre o cálice e o cobre de novo 5 vezes e muda de lugar 20 vezes!
- A missa está em flagrante contradição com o livro de Actos e as Epistoloas. Justino “O Mártir” deixou um importante documento que narra a forma de culto dos primeiros cristãos: “No dia chamado domingo, há uma reunião para os que moram nas cidades e nas aldeias. Lêem-se os Actos dos apóstolos e os livros dos profetas, quando o tempo o permite. Depois o presidente admoesta e exorta os fieis e eles imitem assunto acerca do que ouviram. Depois levantamo-nos todos e oferecemos orações em comum; oferece-se pão, agua, vinho: o presidente dá graças e o povo alegremente responde Amem. Em seguida é distribuído o pão e o vinho por cada um dos que deram graças e é levado pelos diáconos aqueles que não estão presentes. A este acto chamamos de eucaristia. Aqueles que são ricos e tem boa vontade contribuem segundo o seu desejo e as coletas são destinadas a socorrer orfaos, viúvas e desamparados com enfermidades
- Um sacrifício pressupõe a existência de um altar. Não existiu altar na Ceia realizada por Cristo, logo não houve sacrifício. O altar dos judeus era uma estrutura de bronze maciça sobre o qual se queimavam com fogo as ofertas sacrificadas. Cristo foi sobre a cruz consumado pelo fogo da justiça divina, uma vez por todas. Heb.7.26. Não precisamos mais deste tipo de altar. O altar da ICAR não tem fogo.
- Hebreus 10.10-14 refere que “ fomos santificados pelo sacrifício do corpo de Jesus, feita uma vez”…”Este havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados” …”porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados”.Um único sacrifício de Cristo santificou-nos. Outros dão imperfeição ao sacrifício de Jesus.
- Não há qualquer Cristo, corpo ou sangue real na missa. Um sacrifício sem derramamento de sangue não produz efeito. Heb.9.22.
- Segundo o Levitico, uma oferta pelo pecado não devia ser comida e o sangue dos animais e muito mais o humano era estritamente proibido comer. Lev.7.26. Se a ICAR considera real o corpo de Cristo na hóstia e o sangue de Cristo transformado do vinho, está a praticar canibalismo.
- Jesus Cristo mandou realizar a Ceia “até que venha”. Logo a realização e pratica desta ordenança traz bênção espiritual ao crente. Durante o culto ele traz á mente a Pessoa Gloriosa de Cristo e a sua Obra sacrificial no Calvário. Anuncia esperança na Sua próxima Vinda . A Ceia não produzia Graça.
- Paulo explica a forma de praticar a Ceia do Senhor, como um MEMORIAL. Em ICor.11.23-26 vemos a simplicidade do culto ao Senhor Jesus. Neste ensino Paulo refere 4 actos relativos ao pão: 1-Tomar (ter) 2-Dar Graças; 3-Partir; 4-Comer e 2 relativos ao cálice: 1-Dar Graças (Mt.26.27) 2-Beber
- Os apóstolos seguiram o costume bíblico de ministrar a ceia sob os dois emblemas: pão e o cálice com vinho. A igreja pós-apostólica também seguiu o mesmo exemplo. A ICAR desobedece ao mandamento do mestre. Jesus foi taxativo ao dizer “bebei dele TODOS” “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” João 6: 53-56 ( João Huss, foi para a fogueira papal por contrariar a doutrina papal)
A TRANSUBSTANCIAÇÃO
Transubstanciação significa “alteração da substancia”
Houve grande controvérsia quando a transubstanciação foi introduzida na Igreja!
O prof. Alexandre Halles dizia que “Se um morcego engolir uma hóstia terá engolido o próprio Cristo!”. No Canadá, o padre Daule descuidou-se deixando cair as hóstias. Ficou horrorizado quando viu ratos a comê-las! Sem saber o que fazer foi falar com o bispo: “Os ratos comeram nosso bom Deus!”(citado pelo padre CHINIQUI, biografia, pág. 334).
O ex-padre Dr. Hipólito de Oliveira Campos, quando exercia o sacerdócio em Cuiabá, esqueceu-se das hóstias e estas criaram larvas.
Este dogma revela-se absurdo como podemos confirmar pelas seguintes refutações:
- Se Cristo disse para celebrar a Ceia “Até que Eu venha” 1Cor.11.26- não pode estar presente! – Se vem não está!
- Jesus foi o primeiro a servir-se á mesa. Ele disse: “Tomai, comei. isto é o meu corpo…tomando o cálice… disse: Bebei dele todos porque isto é o meu sangue… “ Onde estava o corpo e o sangue de Jesus? Enfrente aos discípulos ou no pão e no cálice? É demais evidente que o pão e cálice eram símbolos.
- Se naquela ocasião que Jesus disse: “Isto é o meu corpo”, “Este é o meu sangue” tivesse ocorrido a transubstanciação seríamos levados a acreditar que existiram naquele momento dois corpos do Senhor Jesus! Assim: Jesus tomou o pão, já transformado no seu corpo (com divindade e alma) e deu-se a si mesmo e aos seus discípulos . Jesus ter-se-ia comido e bebido a si mesmo ! Se, por absurdo, o pão consagrado for comido acidentalmente por um roedor ele também engoliu a alma e divindade de Cristo ? E terá a vida eterna? Se a hóstia se estragar e apodrecer o corpo de Cristo que está naquele elemento apodrece também ? Atos 2:31
- Jesus disse: Eu sou a Porta…Eu sou o bom Pastor… Eu sou a luz do mundo… Eu sou o Caminho…Eu sou a Videira. Tiago disse: A língua é um fogo… Ele apresentou figuras e símbolos para exemplificar os seus atributos e ensinar a sua doutrina.
- Se na frase “isto é o meu corpo” a forma do verbo “é” implica a conversão literal do pão no corpo de Cristo, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da vida”(6:35) a forma do verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que Cristo se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o primeiro demonstra que o pão pode converter-se em Cristo, o segundo demonstra que Cristo pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; “ Se Jesus estivesse a referir-se á eucaristia então ninguém se poderia salvar sem o sacramento e todo o que o recebe não se poderia perder. E aqueles que não podem toma-la ? Estariam destinados ao inferno ?
- Se os elementos da ceia se transformassem literalmente no sangue e no corpo de Cristo já não seria uma lembrança daquele sacrifício mas novamente o próprio sacrifício, isto entraria em choque com as passagens bíblicas de Hebreus 7:24,27
- Jesus disse “não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que de novo beberei convosco no reino de meu Pai” Mt.26.29. Jesus explicitou perfeitamente que a bebida não era o seu verdadeiro sangue mas do fruto da videira. Nota: Ele não disse:”Não beberei deste sangue”, Ele falou no Fruto da vide
– INTERPRETAÇÃO DOS REFORMADORES
Para a Reforma, são duas as Ordenanças deixadas por Jesus Cristo: o baptismo, que marca o início da vida cristã, e a Ceia do Senhor também conhecida por “Santa Ceia” que é um culto de adoração ao Nome de Jesus Cristo e uma forma de expressar a comunhão com Deus e com os irmãos que professam a mesma fé nele. É um acto que dignifica a nossa santificação.
Lutero opôs-se à missa como obra meritória e repetição eficaz do sacrifício de Cristo. Não se pode recusar a nenhum fiel o pão e o vinho do memorial oferecidos por Jesus, em oposição ao Concílio de Constança, de 1414, que proibiu o uso do cálice aos leigos. Lutero considerava a Ceia do Senhor como uma cerimonia e um sacramento, do qual o fiel alcançaria graça. Contudo, Lutero opõe-se a uma presença meramente simbólica de Cristo na ceia. Mantém a tese da “consubstanciação”, segundo a qual o pão e o vinho permanecem presentes na ceia simultaneamente com o corpo e o sangue de Cristo.
Zwingli via na Ceia cristã o simples memorial que comemora o sacrifício único e infinitamente suficiente de Cristo.
Calvino queria mais do que uma presença somente simbólica à maneira de Zwingli, mas repudiou não só a posição católica como a luterana. Para Calvino, o pão e o vinho representam a comunhão com o corpo e o sangue de Cristo. Calvino rejeita é a idéia da “presença local”.