Quem deve e pode dirigir os Cultos

1 – QUEM É O APRESENTADOR

1.1 – O apresentador de um culto ou reunião evangélica deve ser um verdadeiro cristão. Alguém que já recebeu o Senhor Jesus Cristo como Senhor da sua vida e tem o testemunho de um verdadeiro Filho de Deus.
1.2 – É Alguém que não tem algo a ser-lhe apontado. Tem sua consciência plenamente tranquila quanto á sua vida de dedicação á Igreja e ao Senhor. Tem também um testemunho exemplar na família como pai ou filho.
1.3 – O Apresentador é do sexo masculino conforme os ensinos nas epístolas e de acordo com o modelo da Igreja primitiva. O Senhor só escolheu homens – apóstolos – para liderar todo o ministério enquanto esteve na terra. Os apóstolos escolheram homens para os secundarem ( ver Actos 6). Paulo tinha vários colaboradores em liderança – todos homens.
1.4 – Alguém que tem prazer de realizar este ministério. Nunca deve ser obrigado ou imposto. O gosto deste serviço vem da actuação do Espírito Santo na sua vida que o encaminha para o ministério. Alguém que realiza este serviço sem a unção do Espírito prejudica todo o culto porque não está sob a direcção do Espírito. Isto significa que oApresentador é um crente cheio do Espirito Santo.
1.5 – O Apresentador duma reunião evangélica tem um relacionamento fraternal com todos os seus irmãos na fé, seja da igreja local ou de outras igrejas. Não pode ser convidado alguém que seja promotor de divisões ou escândalos, assim como é de extraordinária consideração que o apresentador tenha um relacionamento amistoso e de amor entre os familiares não crentes em Jesus.

2 – COMO SE DEVE APRESENTAR EM PÚBLICO

2.1 – O apresentador de um culto ou reunião evangélica é sempre um exemplo. Assim, é de real utilidade que no púlpito tenha uma postura atrativa perante a assistência.
2.2 – O apresentador está na casa de oração muitos minutos antes do início. Esse tempo deve ser passado em oração. A imagem que divulga é de alguém disposto a aceitar a direção do Espírito. Chegar “em cima da hora” patenteia indiferença, despreocupação e desconsideração.
2.2 – A hora do início do culto é considerada “ponto de ordem”, isto é, o início do culto ou reunião realiza-se com quem estiver à hora marcada. Isto fará com que todos se apercebam que a hora de início é importante e, certamente, o Senhor Jesus, que está no meio, é digno de tal facto.
2.3 – O apresentador deve estar “bem-vestido”, isto é, o seu traje de apresentação não é o mesmo traje de trabalho. É o traje de alguém que está no meio de uma cerimónia onde o convidado especial é o Senhor Jesus. É importante lembrar este facto: Jesus está ali. Ele é o Rei… Ele é Senhor… Logo, Ele merece que o apresentador tenha decência no seu vestir.

3 – COMO DEVE APRESENTAR O CULTO

3.1 – A locução usada com o público é simples e linear. Não se pode esquecer que muitas vezes a assistência é heterogénea, isto é, são pessoas de vários níveis de cultura. Logo, as expressões a usar devem ser de modo a todos entenderem.
3.2 – De cabeça levantada. Um apresentador que passa o tempo a olhar para os seus apontamentos dá uma imagem de pouco comunicador e de “acanhamento”, e a assistência não aprecia. Deve sempre encarar a congregação em tudo quanto diz. Assim, também tudo quanto diz já foi preparado anteriormente ou é-lhe confiado pelo Espírito de Deus… por isso, nunca deve ter a cabeça cabisbaixa.

4 – A APRESENTAÇÃO

4.1 – Devido ao perfil de cada reunião ou culto, a forma e o conteúdo de apresentação são diferentes.

4.2 – CEIA DO SENHOR
Este tipo de culto, em principio não tem um apresentador nomeado. Pois o cuto é realizado segundo a direção do Espirito. Os anciãos iniciam o culto com um cântico apropriado ou uma oração. A igreja, constituída só por crentes batizados, pode e deve participar com cânticos (Nos Hinos e Cânticos destacam-se entre o nº500 e 607) e orações. (Note que as orações são realizadas ao Motivador e Instituidor da Ceia – o Senhor Jesus, sempre com o propósito de adoração, louvor e gratidão… e nunca com pedidos ou súplicas.) As leituras bíblicas são sempre interligadas ao ato: A Morte de Cristo.

4.3 – REUNIÃO DE ORAÇÃO
Este tipo de culto também não precisa de um apresentador nomeado. Deve ser realizado pela igreja, com os anciãos a iniciar a reunião com um cântico apropriado ou uma oração. Os cânticos e as orações devem ser de louvor e adoração em primeiro lugar e depois de súplica e petição. É importante que os cânticos sejam específicos de uma reunião de oração. Tal significa que, quando a igreja canta, também está a orar.

4.4 – REUNIÃO DE EDIFICAÇÃO
Este tipo de reunião é específico para os crentes em Jesus. Normalmente realiza-se durante a semana. O apresentador deve escolher hinos ou coros apropriados de edificação – ligados à experiência cristã. (Nos Hinos e Cânticos destacam-se entre o nº200 e 477) e orações próprias da reunião.
4.4.1 – Note-se que o apresentador deve falar diretamente para os seus irmãos na fé. Deve-os observar de frente como um seu irmão. O apresentador dirige o culto para a congregação.
4.4.2 – A escolha dos cânticos deve ter uma linha de pensamento. O apresentador deve fazer o trabalho de casa em oração, escolher os hinos ou coros apropriados e com determinada linha de pensamento.
4.4.3 – O pedido pela assistência de coros ou hinos à escolha, por vezes, altera o sentido da reunião. É necessário muita prudência neste ato. Pormenorizando: Se o culto se iniciou com hinos de louvor, não é muito correto um assistente de seguida pedir um hino de consagração e logo depois um outro pedir um hino de evangelização…
4.4.4 – Se o apresentador tiver intenção de fazer uma leitura bíblica, não deve esquecer que ele não é o pregador convidado. A leitura bíblica deve ser preparada em casa com muita oração. Nem toda a leitura bíblica é apropriada… Exemplo: não faça uma leitura de apresentação do Salmo 56 ou Provérbios 28 ou Ezequiel 15. O livro de Salmos tem leituras muito interessantes que devem ser escolhidas.
4.4.5 – As orações são dirigidas a Deus Pai, conforme é ensino de Jesus em Mat. 6, nunca a Jesus ou ao Espírito Santo, concluidas no nome de Jesus.
4.4.6 – O apresentador pode solicitar oração a crentes na assistência, mas deve ter em consideração o seguinte:
a) Só deve convidar um irmão se tem a certeza que o Espírito do Senhor quer que ele ore. Ele pode não estar em condições espirituais para tal!
b) É perigoso pedir à generalidade da assistência para orar. É importante referir no pedido: “Um irmão que sinta a Guia do Espírito Santo, dirige-nos em oração”.

4.5 – REUNIÃO DE EVANGELIZAÇÃO OU PREGAÇÃO
Este tipo de reunião é estabelecido para todos. Normalmente realiza-se ao Domingo. O apresentador deve escolher hinos apropriados de evangelização. (Nos Hinos e Cânticos destacam-se entre o nº1 e 140) e orações próprias da reunião.
4.5.1 – A escolha dos cânticos deve ter uma linha de pensamento evangelística. Considere os pontos já referidos em 4.4.1 a 4.4.5.

5 – EPÍLOGO
O apresentador dos cultos e reuniões da igreja é conhecido pela sua lealdade a Deus, o seu estilo de vida consagrado a Jesus e a sua forma de falar que cativa a todos, além que deve ser uma pessoa integra, fiel e cheia do Espirito Santo.