Como somos salvos da condenação eterna?
E chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados,” Mateus 1:21.Este nome veio do céu. “E chamarás o seu nome Jesus.”
SÓ JESUS SALVA OS PERDIDOS DOS SEUS PECADOS.
“E chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados,” Mateus 1:21.Este nome não foi dado à criança de Belém nem por José nem por Maria. Não foi dado por nenhum dos parentes nem amigos. Este nome veio do céu. “E chamarás o seu nome Jesus.”
Porque chamará Seu nome “Jesus?” Há uma razão gloriosa, sim, um fato glorioso: “Porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
Para que somos salvos ?
- Para a glória de Deus Ef 1:3-14 “…para o louvor da sua glória”
- A criatura deve revelar a beleza de seu criador. ( ex.: quadro / refletir a glória )
- A salvação antes de beneficiar o homem , glorifica a Deus. Somos salvos para Deus.
- Somos salvos para ser reenquadrados no Propósito de Deus. Deus criou o homem para ter comunhão com ele. Mas o homem por causa do pecado volta-se para si mesmo, para seus próprios interesses e impossibilita esta comunhão.
- Rm 6:10-13 “Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.”
- A cruz jamais operará sua obra completa em nós enquanto não formos capazes de interpretar além daquilo que Cristo fez PARA NÓS e começarmos a ver o que ele fez PARA DEUS.
O que nos garante a salvação ? Como saber se estamos salvos ?
- Em que nos baseamos para dizer que estamos salvos ?
- Ef 2:8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.”
- Pela graça, mediante a fé. Não por obras Se é pela graça já não é mais por obras, senão a graça deixa de ser graça
- Exercitamos a nossa fé na obra que Jesus fez e recebemos de graça a salvação.
- Hb 11:6 “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”
Fé em que?
- Em Jesus e na palavra de Deus. (Hb 11:1 )
- A obra de Jesus foi perfeita e suficiente.
- Cl 2:14-15 “E havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz.”
- Não temos que pagar mais nada. Jesus pagou a divida por nós e cravou na cruz.
- Só precisamos crer nele, na sua obra por nós. II Co 5:21 “Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”Ele se fez pecado para nos libertar do pecado e nos justificar para com Deus -Ele pagou pelos nossos pecados , um alto preço ( Ex.: preço tesouro x preço que pagamos )
- Rm 5:1 “Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”
- Pela fé na obra de Jesus por nós somos justificados diante de Deus. Foi-se a ira de Deus contra nós. Em Cristo temos paz para com Deus. Não é pela nossa justiça, mas pela justiça de Deus em Cristo. ( nossa justiça é um trapo de imundícia )
- At 26:18 “Para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim.”
- Pela fé em Jesus somos libertados do domínio de Satanás
- Gl 2:16 “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada.”
- As bases da nossa salvação
- Podemos afirmar que estamos salvos com base em 2 coisas :Na obra de Jesus por nós e no que Ele fez por nós e não do que nós fizemos.
- Is 53:5-6 ” Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.”
Na Palavra de Deus
Não é por sentimento, mas por fé na palavra de Deus que diz que eu sou salvo.
I Jo 5:6-13 “Quem tem o filho tem a vida…” Mc 16:16 “Quem crer e for batizado será salvo…”
Jo 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…”v15 à “assim como a serpente foi levantada no deserto..”
Quando cremos em Jesus somos curados da peçonha mortal que nos conduzia a morte.
- Jo 5:24 “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou…”
- Jo 6:28-29 “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou”
- Jo 10:9-10 “…eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
- Jo 11:25 “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim…”
- Jo 14:6 “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida….”
- I Tm 2:5 “Porque há um só mediador entre deus e os homens …”
Temos dois testemunhos que somos salvos:
Um exterior: A Palavra de Deus
Um interior: O Espírito Santo
I Tm 1:15 “Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal”Rm 8:16 “O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”
Nos liberou de Satanás-Nos libertou do pecado-Nos livrou da morte -Nos deu paz com Deus
Uma completa salvação por meio da fé em Cristo.
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO
Tendo a Igreja Católico-romana abraçado para si a autoridade única de “arca de segurança”, os reformadores valeram-se da doutrina da Segurança da Fé, como um dos pilares mestre de confronto.
Teólogos do período pré-reforma, já haviam chamado a atenção ao facto de que “a fé incluía segurança no seu objeto”. Porém tal confiança residia “nas verdades objetivas da Revelação”. A diferença com a igreja de Roma ficou expressa na ênfase reformada de que a certeza da salvação é uma questão de “segurança pessoal”.
Estando a Igreja Católica influenciada por teólogos de tendências semi-pelagianas, inclinou-se por negar a possibilidade da segurança cristã.
É neste contexto que em 1647 o Concílio de Trento estabelece que as pessoas não podem ter certeza de sua salvação, exceto se houver uma revelação especial. Na verdade, a posição da Igreja de Roma não foi a negação total da doutrina da segurança da fé, mas uma rejeição da “absoluta segurança repudiando a visão protestante”.
Calvino e Lutero
Tanto Lutero quanto Calvino, pregaram que a segurança de salvação é uma característica do verdadeiro cristão. Dando maior destaque a Calvino, verificamos que nos seus escritos ele chega a afirmar que se alguém não tem certeza da sua salvação, sua fé não é autêntica, e ainda que se alguém tem uma fé verdadeira não pode duvidar da sua salvação final.
Esta posição ele defende mais amplamente nas suas Institutas posteriormente. Grande impacto foi causado pela posição reformada. Além de desvincular o cristão da necessidade de depender da Igreja para sua salvação, enfatiza também a alegria de descobrir que a garantia de tal salvação dependia da ação de Deus e do seu Espírito, o qual regenera, salva e confirma a fé dos seus eleitos. A doutrina reformada agora transportava o cristão do medo de perder sua salvação, dita dependente das obras, para a alegria e segurança de viver pela fé em Cristo, o autor e doador da Salvação.
A Negação Wesliana
Merece consideração, a posição metodista do século XVIII.
Considerando o conceito Wesliano do perfeccionismo, o metodismo se opôs veemente ao “pessimismo espiritual”, que colocava o pecador na angústia da expectativa do terrível julgamento da lei de Deus.
Para os metodistas, portanto, a segurança é segurança no presente e insegurança no futuro, pois confere ao crente a responsabilidade de mantê-la ou perdê-la.
A Doutrina nos Dias Atuais
Teólogos reformados do século XX, não poupam esforços em defender que “o homem não pode produzir por si mesmo a fé, esta deve ser-lhe dada por Deus”, a teologia católico-romana não admite a segurança desta dádiva. Enfaticamente é dito no Dicionário de Teologia editado por Bauer: “nos evangelhos é claramente exposta, e muitas imagens, a possibilidade da perda da salvação já recebida”.
SEGURANÇA ESTABELECIDA
Ao sermos regenerados, somos então alvo das promessas reveladas acerca dos filhos de Deus (Jo 1:12, 6:37; Rm 8:14,28-33; Ef 1:1-4; I Jo 5:2; I Pd 2:9 e outras).
Ao dizermos que a segurança da salvação, em primeiro aspecto, é estabelecida por Deus, enfatizamos que a garantia real da nossa salvação não é o resultado do que sentimos ou fazemos, mas o resultado da ação divina de providenciar, conceder e assegurar a salvação a todos aqueles que o Pai dá a Cristo (Jo 6:39). Fica evidente que tal segurança é a apresentada na Palavra de Deus a qual nos revela o que Deus estabeleceu.
A salvação que Deus providenciou para os eleitos é um privilégio e herança inalienável. Contudo, é requerido do eleito, exercício de fé. Aqui reside o fato de se questionar a segurança estabelecida, não que ela venha a ser instável pela variação de fé do crente , mas que tal variação de fé ou mesmo a ineficácia de fé temporária, afetam aqueles que a exercem, levando-os a duvidar do que foi divinamente estabelecido. Deus não é Deus de confusão ou de obras inacabadas, todo plano divino está concluído no kronos dele, e ele mesmo decidiu dar ciência do fez para os seus. A segurança de salvação estabelecida por Deus na esfera da sua soberania , é também comunicada e oferecida à nossa realidade humana.
A Segurança Oferecida nas Escrituras
Anteriormente já mencionamos que a Palavra escrita de Deus revelou a segurança da verdadeira fé em Cristo, estabelecida por Deus. Tendo o pecador crente sido regenerado, ele se torna capaz, pelo Espírito Santo, de desenvolver sua salvação (Fp 1:25 e 2:12). Seu primeiro passo é fé na veracidade das promessas divinas. Isto gera confiança no Deus que ao prometer é fiel para cumprir (Sl 125:1, Gn 15:6).
Incontestavelmente, ao colocarmos nossa fé nas Escrituras, surgirá um forte sentimento de esperança segura, pois tal esperança se fez segura por ser oferecida por Deus incondicionalmente (II Co 1:20; Hb 6:18).
A Segurança Oferecida Pelo Espírito Santo
A salvação é dom de Deus assim como a fé e as promessas (Ef 2:8,9; Rm 4:16-20).
Além da segurança oferecida pelas promessas reveladas nas Escrituras, o próprio Deus, através do Seu Espírito Santo oferece o seu testemunho de garantia. O texto do capítulo 8 de Romanos é particularmente importante e pertinente. O apóstolo Paulo ao falar da obra da graça de Cristo no pecador justificado, assegura duplamente: Primeiro que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8:14). Isto nos conduz aos efeitos da graça em busca da santidade e de sermos imitadores de Cristo (Ef 5:1,2), aspecto que evidencia nossa segurança e que abordaremos mais adiante. Segundo, que a segurança do crente é testemunhada pelo Espírito Santo em nós: “pois o próprio Espírito testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus” (Rm. 8:16). Aqui necessário se faz tecermos algumas considerações sobre este precioso texto.
A CERTEZA DA SALVAÇÃO ETERNA
O Senhor deseja que os seus filhos saibam que são salvos; Ele nos mostra isso através da Sua Palavra (*IJo 5:13).
Mas, para abalar o crescimento espiritual dos crentes Satanás lança dúvidas sem fundamento nos seus corações.
Um facto a ser considerado seriamente, é o daquela pessoa que professa ser crente mas não demonstra evidências de que Cristo transformou sua vida. Provavelmente não é um cristão verdadeiro e, portanto, não é (e nunca foi) salvo (IJo 2:19).A salvação do crente tem dois tipos de evidências:
A. O Testemunho do Espírito Santo (IJo 5:6b,10a; Rm 8:16; Gl 4:6):
1. O Espírito Santo habita em cada cristão verdadeiro (Rm 8:9; IJo 3:24; *4:13).
2. O Espírito Santo testifica que somos de Deus (*Rm 8:16; Gl 4:6; *IJo 5:13).
B. O desejo de engrandecimento da Obra de Deus
a. Desejo pela Palavra de Deus (Jo 6:68,69; *IPe 2:2,3).
b. Desejo de orar (Cl 4:2; ITs 5:16-18; *Rm 12:12)
c. Desejo de ter comunhão com os Irmãos (*1Jo 3:14; Jo 13:34,35; *Hb 10:24,25).
d. Desejo de testemunhar (IPe 3:15).
e. Desejo de fazer boas obras (Ef 2:10; Tt2:14).
f. Desejo de tornar-se mais como Cristo (Jo 13:12-14; IPe 2:21-23).
SEGURANÇA DA SALVAÇÃO – PERSEVERANÇA DOS SANTOS
A. Definição:
A perseverança dos santos é uma doutrina que afirma que todo aquele que Deus chamou para a sua graça não pode perder a salvação, mas, certamente, Ele o fará perseverar, pois é eternamente salvo. Apesar de haver a vontade do homem, no final de tudo é Deus que preserva o Cristão através do operar do Espírito Santo no seu coração.
B. Apoio Bíblico Para a Certeza da Salvação.
1. Apoio explícito
a. O selo e o penhor do Espírito (IICo 1:22; 5:5, Ef 1:13).
b. A posição espiritual do crente (*Ef 2:6; Fp 1:6).
c. Protecção por parte de Deus (IITs 1:12;IITm 1:12; 4:18)
d. Nada pode separar do amor de Deus Rm 8:28-39; 11:29
e. As palavras do Senhor Jesus (*Jo 5:24; 6:35,*37,51,58; 10:27-29; 11:25,26).
Aqui nos cabe prestar atenção as palavras ditas pelo próprio Senhor Jesus. Segurança maior que esta não pode haver. Vejamos:Jo 5:24 -“tem a vida eterna – não entra em juízo – mas passou da morte para a vida.”
João 6:37 -“de modo nenhum o lançarei fora.”
João 6:51,58 -“viverá eternamente”
João 10:27-29 – “Eu lhes dou a vida eterna – jamais perecerão eternamente -ninguém as arrebatará da minha mão – da mão do Pai ninguém pode arrebatar.
João 11:25,26 – “Quem crê em mim, ainda que morra viverá e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.”
C. Passagens Aparentemente Difíceis.
1. João 15:1-6 – O fogo não é necessariamente o inferno, mas pode ser o juízo das obras (ICo3:11-15; 11:30).
2. Mateus 24:13 – O contexto é da Grande Tribulação e não da dispensação da Graça.
3. Apocalipse 2:10 – Não devemos confundir coroa da vida (que é um galardão) com a salvação.
4. Hebreus 6:4-6 – Se esta passagem ensinasse a perda da salvação, também ensinaria que uma vez que o cristão perdesse a salvação ele jamais poderia ser salvo novamente.
Na verdade Hebreus 6 ensina que é impossível ser lavado duas vezes no sangue de Jesus. Ou seja, o arrependimento do pecado original, que faz com que o Espírito Santo venha habitar no homem, só pode acontecer uma vez na vida. É impossível se apropriar do sacrifício de Cristo mais que uma vez. Pois assim estaríamos desmerecendo a Sua obra que foi perfeita.
D. Conclusão.
Apesar de para nós ser obscuro afirmar a salvação de fulano ou sicrano, da perspectiva de Deus já está definido quem é ou não salvo. Pode acontecer de uma pessoa ser convencida e até ter cargo na igreja local, mas não ter sido convertida, não ter nascido de novo pelo poder do Espírito Santo. Este não perde a salvação, a verdade é que ele nunca foi salvo.
Se fossemos olhar em termos de quantidade, as passagens que falam da certeza de salvação são bem mais claras e numerosas do que as que aparentemente falam da perda da salvação. Portanto, ou a Bíblia se contradiz ou as pessoas que pregam a perda da salvação estão entendendo errado estas passagens. Como a primeira opção é impossível, prefiro crer que estes amados irmãos estão enganados.